Município com um dos maiores orçamentos do Estado, Ipojuca tem fôlego financeiro para se transformar em exemplo em políticas públicas e obras espalhadas pela sua sede, distritos, praias e mais de 70 engenhos. No entanto, não é isso que a população está recebendo. Com uma arrecadação anual de R$ 742 milhões, a gestão da prefeita Célia Sales ainda não colocou sua assinatura em nenhum grande projeto. Mesmo assim, deu entrada na última terça-feira (10), na Câmara de Vereadores, em pedido de autorização para a realização de um empréstimo no valor de R$ 90 mi junto à Caixa Econômica Federal.
De acordo com os projetos de lei de número 075 e 076/2019, protocolados nas vésperas da virada para o ano eleitoral, o dinheiro solicitado será destinado a obras de infraestrutura e saneamento. Caberá aos vereadores ipojucanos questionarem a necessidade de um empréstimo diante do robusto orçamento próprio do município.
Em tempo: diante de denúncias recebidas pela população, fornecedores e funcionários, a Câmara de Vereadores criou uma Comissão Especial para examinar as causas da ausência de investimentos e obras estruturadoras na cidade, assim como a falta de regularidade de pagamento aos fornecedores e a carência de manutenção dos serviços básicos.
No último dia 3 de outubro, a Câmara de Vereadores enviou ofício ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informando sobre a investigação em curso e solicitando ao órgão informações sobre denúncias não sigilosas que tenham sido protocoladas na Justiça. A Comissão Especial foi criada pela Portaria nº 089/2019.
As denúncias encaminhadas pelo Legislativo Municipal ao MPPE contemplam temas diversos, que abrangem desde dívidas com fornecedores a indícios de pedalada fiscal, passando pela falta de qualidade da merenda escolar.
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