terça-feira, 25 de abril de 2017

Estabelecimentos e barracas da Estação Ferroviária serão retirados ainda esta semana

Foto:Jornal de Caruaru

Prefeitura de Caruaru irá tirar ainda esta semana todas as barracas e bares que estão localizados no largo da Estação Ferroviária, em caruaru.
Em entrevista ao G1 caruaru, no dia 04 de abril de 17, o Presidente da Fundação de Cultura da cidade falou sobre a estação.

Nos bastidores sempre houve muita contestação sobre alguns bares e restaurantes que funcionam ali, vocês pretendem organizar de que maneira para que tenha transparência?

Fica difícil da gente nortear, o importante é que aquela quantidade de bares e restaurantes, aquilo ali é um sitio histórico, aquilo tem uma regulamentação de ocupação pelo IPHAN, foram feitas aquelas construções a nível provisório de um mês, faz 8 anos que elas estão naquele local, então não é possível permanecer, a gente não pode ter aquela quantidade de estabelecimentos naquele pátio, então a ideia é desocupar o pátio e reocupar com as manifestações culturais, as manifestações culturais vão vir para dentro do armazém ou vai se criar uma estrutura com contêineres que parece com paisagens de estações ferroviárias, então a gente montar aquelas estruturas em contêineres da parte cultural permanece, mas aquela quantidade de restaurante só vai permanecer nos eventos, como no São João que a gente precisa de uma estrutura extra, mas também que seja uma estrutura desmontável, que você use durante o período de festa e depois ela não esteja mais lá, para se ter uma ideia do tamanho da gravidade, no pátio histórico desse nem árvore pode plantar porque as estruturas são muito frágeis, então um sistema de uma árvore pode interferir em uma parede e isso não tem recuperação, isso é uma técnica construtiva que foi usada lá atrás e que precisa ser conservada tal qual ela é e foi, então por isso precisa todo esse cuidado com aquele espaço, talvez aquilo ali seja o maior sítio histórico de Caruaru, o conjunto arquitetônico a gente não tem outro tão grande quanto aquele, então é muito importante pra cidade, a cidade se desenvolveu a partir também dessa ação ferroviária, as cidades do Brasil de uma forma geral e chegou uma época que a gente deu as costas para os pátios ferroviários quando chegou o carro imitando um padrão americano, o trem tem um custo muito menor, isso precisa ser valorizado como um elemento histórico.

Aquela questão de estacionar o carro, algumas pessoas podem, outras não podem, acha que ali não é lugar de estacionar?

Não é, inclusive aquele movimento de carros dentro do pátio da estação ferroviária altera a fundação dos prédios históricos, aquilo está dentro do plano de manejo, é porque aquilo é do DNIT e da Transnordestina e existe um interesse dos dois em passar para prefeitura, mas o acordo ainda não foi firmado, é por isso que a gente está tendo muito cuidado, porque quem libera esse daí é o IPHAN e da Fundarpe se a gente não tiver atendendo as solicitações dela a gente dificulta. Houve um dialogo entre esses órgãos, nos abrimos os canais de dialogo, e por isso nós temos o interesse total de resolver, mas resolver da melhor forma e deixar aquele espaço importante. Nos convidamos um arquiteto que é o único do nordeste capacitado para esse tipo de restauração, em conjunto com outro escritório de arquitetura para dar uma cara ali, abraçar nossos movimentos culturais que estão lá e a gente ter uma coisa definitiva para Caruaru.

Entramos em contato com a prefeitura sobre a saída dos comerciantes ainda essa semana, e fomos informados, através da assessoria de imprensa que “Faz parte do processo de requalificação da Estação Ferroviária, e que todos os estabelecimentos que estão lá terão preferência quando a estação estiver pronto’’.

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