UOL - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve decidir até junho se adia ou não as eleições municipais deste ano. A afirmação foi do futuro presidente do órgão, o ministro Luiz Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele assumirá o cargo em maio. Em entrevista na manhã de hoje ao colunista do UOL Josias de Souza, ele disse que, se houver adiamento do pleito devido à pandemia do novo coronavírus, pretende remarcar a votação para dezembro, no máximo.
"A verdade é que nós estamos monitorando a evolução da doença. Não gostaria de adiar as eleições, acho que ainda não é preciso decidir isso neste momento, mas acho que não podemos fechar os olhos a este risco. Imaginaria junho como sendo o momento em que nós temos que ter uma definição.O que eu sou radicalmente contra é o cancelamento das eleições e fazer todas coincidirem em 2022", disse Barroso. Para o ministro, o ideal seria adiar "por um prazo máximo de dois meses" as eleições deste ano. "Neste momento, com a esperança de não ser necessário adiar, é fazer até o início de dezembro", disse Barroso.
Para ele, essa medida evitaria que mandatos sejam estendidos além do tempo concecedido pelo voto popular. Para Barroso, unir as eleições municipais e nacionais em 2022 criaria trabalho enorme para a Justiça Eleitoral julgar, ao mesmo tempo, milhares de registros de candidatos a vereador, prefeito, deputado, senador, governador e presidente.
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