Subiu para 24 o número de pessoas atendidas no Hospital Correia Picanço, no Recife, se dizendo vítimas de agulhadas no Carnaval de Pernambuco. Outras quatro pessoas chegaram à unidade de saúde pela manhã também relatando terem sido furadas e estão sendo monitoradas, o que pode elevar esse número para 28.
Thiago Ferraz, diretor do Correia Picanço, divulgou nesta quarta-feira (06) o balanço de ocorrências. “Algumas pessoas chegaram com lesão de pele e estavam no meio do Carnaval, a maioria em Olinda, mas também no Galo, Recife Antigo e outros locais da Região Metropolitana. Elas realizam o teste rápido de HIV, para saber se não tinham a doença antes. Sendo negativo, recebem a prolaxia, para a proteção contra o HIV. Elas vão tomar por 28 dias”.
Dos 24 casos, pelo menos 15 eram mulheres, entre 17 e 46 anos. Entre elas há uma turista de Minas Gerais. Segundo Thiago Ferraz, o risco de transmissão de HIV por material perfuro-cortante é menor que através de relações sexuais. “Mas tem muitas variáveis, como qual o uído que estava no material e a situação de carga viral da pessoa da qual o uído fazia parte”, explica.
Todos os pacientes admitidos na unidade, que é referência estadual no tratamento de doenças infectocontagiosas, passaram pela prolaxia pós-exposição (PeP), tratamento padrão usado na prevenção da infecção pelo HIV. Em seguida, após a avaliação médica, foram liberados com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento.
Os pacientes também foram orientados a procurar os órgãos competentes para dar seguimento à investigação das ocorrências, já que as investidas podem ser tipicadas como crime. Até o momento não houve registro de queixa.
JC ONLINE
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