quarta-feira, 13 de março de 2019

Bolsonaro: ‘Também estou interessado em saber quem mandou me matar’

O presidente Jair Bolsonaro manifestou, nesta terça-feira (12/3), o desejo pela conclusão das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de de março de 2018. Mas ressaltou que deseja também saber quem mandou matá-lo por meio do atentado a faca em 6 de setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral.

O presidente pondera que não existe crime impossível de ser solucionado. “É coisa rara. Espero que, realmente, a apuração tenha chegado, de fato, a estes que foram os executores e saber quem mandou matar (Marielle e Anderson)”, declarou. Para Bolsonaro, é possível que as mortes tenham um mandante.

Mesmo sendo vereadora, Bolsonaro declarou que não conhecia a parlamentar. “Eu conheci a Marielle depois que ela foi assassinada, não conhecia ela, apesar de ela ser vereadora lá com o meu filho no Rio de Janeiro.” Após esse comentário, o presidente emendou que deseja a apuração sobre quem mandou Adélio Bispo esfaqueá-lo. “Também estou interessado em saber quem mandou me matar”, afirmou.

Questionado sobre os suspeitos dos assassinatos de Marielle e Anderson terem fotos tiradas com ele, o presidente se defendeu. “Tenho foto com milhares de policiais civis e militares”, disse. As declarações foram dadas nesta terça-feira (12/3), após declaração presidencial conjunta de Bolsonaro e do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

Sérgio Moro

Após o pronunciamento, Moro também comentou sobre o caso Marielle. Ele frisou que a investigação sobre as mortes está sob responsabilidade da justiça estadual e da Polícia Civil do Rio de Janeiro, mas ressaltou que o governo federal tem contribuído com a realização de uma investigação por parte da Polícia Federal.

“O grupo está investigando tentativas de obstrução e manipulação das investigações. E certamente essa investigação da PF contribuiu bastante para que se chegue a um melhor resultado investigatório do grave assassinato. É um crime que tem que ser investigado por completo e levar os responsáveis à Justiça.”


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