A dona de casa Zenaide Pereira precisa fazer uma cirurgia no estômago. Na rede particular o procedimento é muito caro e ela disse que em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, não tem estrutura suficiente para oferecer o tipo de atendimento que ela precisa.
Por isso, Zenaide tem que ir com frequência ao Recife para fazer o acompanhamento médico e para tentar a cirurgia, o que tem demandado tempo e até prejudicado a saúde dela. "Eu pego o ônibus às 3h e saio às 16h. Às vezes perco um dia inteiro para marcar um exame", disse.
Assim como a dona de casa, muitas mulheres estão precisando de atendimento médico em Caruaru. Enquanto isso, o Hospital da Mulher, que começou a ser feito em 2013, deveria estar pronto há quatro anos e meio. O investimento de mais de R$ 46 milhões não está servindo a população feminina e a unidade de saúde está com a aparência de abandono.
A estrutura física do prédio foi erguida em uma área de 13 mil m², mas como a unidade nunca funcionou o matagal cresce no pátio externo e também no lugar onde funcionava o canteiro de obras.
Quando estiver pronta, a unidade contará com 157 leitos, sendo 44 para o pós-parto, 30 de alto risco, 30 de gestantes, 11 de adultos, 20 de UTI neonatal, 15 para bebês prematuros e sete salas de recuperação pós-anestesia.
Desde 2014, quando não conseguiu cumprir o prazo para término da obra, o governo do estado vem estabelecendo datas para inauguração. Até agora, 60% das obras foram concluídas. a Secretaria de Saúde informou que está fazendo uma auditoria nas obras porque teve problemas com a empresa licitada para construção.
Conforme informou a secretaria, a expectativa é de que a nova licitação seja lançada ainda no primeiro semestre deste ano para retomada das obras.
Do G1 Caruaru
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