O day after do encontro de Paulo Câmara com Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, foi de reações diversas, entre elas resistências oferecidas abertamente à eventual aliança tanto por socialistas como por petistas. Ao antecipar que o PSB de Pernambuco vai apoiar o ex-presidente Lula na corrida pelo Planalto, ainda que o PT não tenha nem retirado a candidatura de Marília Arraes do páreo, o governador de Pernambuco agiu em cima da estratégia de não deixar a vereadora ter Lula no palanque sozinha.
O Palácio das Princesas tem levado em consideração o potencial eleitoral do líder-mor do PT no Estado. E tem ciência de que Marília, a despeito de adversária ferrenha do PSB, não terá como negar ou reclamar de apoio do chefe do Executivo estadual ao ex-presidente. No governo, já se trabalha com a hipótese de Marilia ser mesmo candidata. Mas, ao mesmo tempo, observa-se que a postulação dela está “congelada”.
Ou seja: não foi lançada até o momento pelo PT, ainda que, por previsões originais, a essa altura, isso já poderia ter ocorrido. Se costurar apoio formal ao PT era, em tese, a carta na manga do vice-presidente nacional dos socialistas para ver Marília fora da disputa, ele fez “o gesto” mesmo sem ter qualquer garantia de que terá reciprocidade dos petistas. Não deve estar sozinho na movimentação porque, no Nordeste, estar ao lado de Lula, ainda que ele siga preso, pode significar votos.
Na Bahia, mesmo que Lídice da Mata tenha ficado de fora da chapa de Rui Costa, apoiará a candidatura do governador à reeleição e o PT nacionalmente. É a aposta que se faz no PSB, assim como se dá a previsão para a Paraiba, governada por Ricardo Coutinho.
Da Coluna Folha Política – por Renata Bezerra de Melo
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