O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (24) em discurso no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, que o governo vai “batalhar dia e noite” pelos votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional.
Temer, que chegou na terça (23) à Suíça, participou pela primeira vez do fórum de Davos, que reúne todos os anos lideranças globais, como políticos, representantes de ONGS, executivos de empresas e investidores, para discutir temas ligados à agenda econômica e de desenvolvimento.
O presidente discursou em sessão plenária e respondeu a perguntas feitas pelo fundador do fórum, Klaus Schwab. Na fala de abertura, um dos temas abordados foi a reforma da Previdência. Segundo Temer, o “povo brasileiro” percebe que o atual sistema é “insustentável”.
“Nosso próximo passo é consertar a Previdência Social, tarefa para qual nós estamos muito empenhados. Cada vez mais, o povo brasileiro percebe que o sistema atual é injusto e insustentável. Portanto, nós vamos batalhar dia e noite pelo voto no Congresso Nacional para aprovar a proposta que ali está”, disse Temer.
Apesar do discurso otimista do presidente, o governo encontra dificuldades para viabilizar a aprovação da reforma, que está em análise na Câmara dos Deputados e ainda precisará passar pelo Senado. O Palácio do Planalto tentou votar a proposta na Câmara em dezembro, porém, sem os votos necessários (pelo menos 308 dos 513 deputados), adiou para fevereiro deste ano. Até o momento, não há garantia de que o texto será aprovado.
Ao se referir ao processo eleitoral de 2018, Temer afirmou diante da plateia em Davos que "não há alternativa à agenda de reformas". Para o presidente, os atores políticos e econômicos concordam com a sua opinião.
"O Brasil que vai às urnas em outubro sabe que a responsabilidade dá resultados, traz equilíbrio nas contas, crescimento e empregos. Viabiliza políticas sociais. Aliás, hoje, os principais atores políticos e econômicos convergem em que não há alternativa à agenda de reformas que estamos promovendo. O espaço para uma volta atrás é virtualmente inexistente", declarou.
Temer apresentou no discurso as reformas realizadas em um ano e oito meses de governo, entre as quais a trabalhista e a reforma do ensino médio. O presidente ainda enfatizou que a mudança nas regras previdenciária não “esgota” a agenda do governo. Segundo ele, até o final de 2018 a intenção é promover a simplificação tributária.
Por Guilherme Mazui, G1, Brasília
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