Em estado de greve desde a última segunda-feira, os policiais civis de Pernambuco realizam uma paralisação de 24 horas desde a zero hora desta quinta-feira. Dentro da mobilização votada em assembleia, a classe também finca cruzes no Marco Zero, em alusão ao aumento dos homicídios registrados no estado. “Foram mais de 3.500 assassinatos registrados até agora”, contabiliza o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros.
A categoria deu ao governo do estado um prazo até o dia 20 de outubro para que seja apresentada uma proposta concreta para a implementação do novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). Na mesma data, os policiais vão realizar uma assembleia geral em que poderão deflagrar uma greve por tempo indeterminado. “Procuramos o diálogo e continuamos procurando. Queremos evitar uma greve. O governo tem até o dia 20 para dar uma resposta”, adiantou o sindicalista. Após a asembleia será realizada uma passeata da sede do Sinpol, em Santo Amaro, até o Palácio do Governo, na Praça da República.
A Secretaria de Administração de Pernambuco, por sua vez, garante que o processo de negociação ainda em andamento. “No momento em que o novo secretário de Defesa Social tomou posse”, disse em nota. Segundo a SAD, o órgão tem procurado preservar e exercer o diálogo com todas as categorias, a ponto de ter realizado 131 reuniões no ano de 2016, sendo 14 exclusivamente com o sindicato dos policiais. “No final do ano passado, o governo e o Sinpol entraram em um acordo onde vários pontos foram definidos e cumpridos. Já o último item acordado, que se refere à adequação do Plano de Cargos e Carreira ainda está em discussão, tendo em vista que foram instituídos dois Grupos de Trabalho com objetivo de analisar e discutir reformulações no PCCV da categoria e na Lei Orgânica da Polícia Civil”, informou a SAD.
Do Diario de Pernambuco
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