A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), assumiu a gestão com a missão de reduzir os gastos e um desafio: controlar o déficit do fundo de previdência, o Caruaruprev. As despesas com o fundo aumentaram nos últimos oito anos e o déficit, de acordo com informações obtidas pelo blog chega a cerca de R$ 1,5 milhão por mês. A conta é simples de ser explicada. Todos os meses para fechar a conta a prefeitura tem que completar esse montante.
Na última entrevista que concedeu na Globo FM, ainda como prefeito de Caruaru, na última semana de dezembro, José Queiroz, disse que deu uma orientação a Raquel, para na opinião dele, resolver o problema. “Sugeri a prefeita que ia realizar em dezembro um concurso para três mil novos servidores. “Chamei ela e disse. Essa contratação dos servidores iria equilibrar a situação. Disse a ela, depois não diga que não avisei”, pontuou.
A situação do instituto em Caruaru, de acordo com o ex-presidente Osório Chalegre, essa dívida não tem como parar de crescer, devido ao aumento do efetivo nas gestões do ex-prefeito José Queiroz, devido a nomeações e benefícios concedidos. “Para ser ter uma ideia a folha dos professores aposentados teve um aumento médio de 580% de 2008 até agora. Temos um conjunto de servidores que estão pestes a se aposentar e essa situação deve aumentar a demanda nos próximos anos”, disse.
De acordo com ele, o problema só será resolvido da seguinte forma. “Com a Reforma da previdência, não concordo com essa, mas que precisa, precisa. Ajustes precisam ser feitos nas alíquotas e buscar novas fontes de custeio. Todas as saídas são complexas”, garante.
A prefeita aguarda ainda o fim do processo de transição que não ocorreu e os novos secretários só irão se pronunciar após todos os dados serem coletados. No entanto, ainda não se sabe o tamanho do rombo e como a prefeita vai atuar para reduzir o problema. Mas o ex-presidente do Caruaruprev, Osório Chalegre, disse que a palavra rombo não cabe nesse caso. “Isso não é rombo, é déficit entre o que se paga e o que arrecada”, informa.
Uma coisa é certa, diante desse cenário, o município precisa fazer uma reforma na previdência, cortar gastos e privatizar ativos para sanear as finanças.
Via: Mario Flavio
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