Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O Senado aprovou o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foram 61 votos a favor e 20 contra. Não houve abstenções. Com essa decisão, Michel Temer deve tomar posse ainda hoje como novo presidente da República. A saída de Dilma Rousseff da presidência é imediata.
Quando o resultado foi divulgado, os senadores favoráveis ao afastamento definitivo da petista da presidência da República cantaram o Hino Nacional. Os contrários, por sua vez, permaneceram em silêncio.
Para votar, cada senador respondeu à seguinte pergunta: "Cometeu a acusada, a senhora Presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União (art. 11, item 3, da Lei nº 1.079/50) e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional (art. 10, item 4 e art. 11, item 2, da Lei nº 1.079/50), que lhe são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?"
Ainda falta o Senado votar se Dilma ficará inabilitada para exercer cargos públicos por oito anos.
Senadores divergem sobre inegibilidade
A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) definiu Dilma como uma pessoa honesta e defendeu a autonomia das duas penas. "Venho solicitar humildemente que não apliquem a inabilitação à presidente Dilma", afirmou. "Acho uma presidente correta e que não cometeu esses erros. Dilma já fez as contas de sua aposentadoria. Ela disse que vai se aposentar com R$ 5 mil. E precisa continuar trabalhando para suprir as suas necessidades", completou.
Por sua vez, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) defendeu que as penas sejam aplicadas em conjunto. "Esse Senado não protagonizou uma farsa. Estamos aplicando a Constituição. Ela diz com toda clareza que as duas penas devem ser aplicadas conjuntamente", argumentou. "Ambas são efeitos da condenação. Não há outra resolução a tomar. Deve-se aplicar a pena prevista na lei", disse.
Manifestantes contra o impeachment na Esplanada se organizam para ir ao Palácio da Alvorada. Em uma salva de palmas, todos parabenizam Dilma pelo trabalho exercido e se emocionam.
Por Diario de Pernambuco
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